Após mais de uma década, os fãs de uma das maiores franquias da Blizzard poderão, finalmente, defender o mundo de Santuário em Diablo 4. Nesta nova jornada, os jogadores poderão escolher cinco classes, uma deles resgatada de Diablo (1996).
Para auxiliar aventureiros novos e veteranos, preparamos um apanhado com tudo que já sabemos sobre as classes e mecânicas — com o foco pesado na customização de personagens.
Classes em Diablo 4
Diablo 4 se preocupou em prestar uma homenagem à história da franquia, sendo as classes disponíveis o primeiro sinal disso. Além do Bárbaro, Mago, Necromante e Druida, a sequência resgata o Renegado (Rogue), apresentada em Diablo (1996), mas que acabou adaptada a outras vocações ao longo dos jogos.
Bárbaro
O Bárbaro mantém sua essência original, sendo um especialista em armas de combate em curta distância. A nova versão permite agregar em uma mesma build o manuseio de duas armas, mais rápido, e uma arma de duas mãos, mais pesada.
Os pontos de vida elevados combinados com ataques de movimentação, como carga e pulos, fazem do Bárbaro uma máquina de guerra. Isso o torna capaz de se jogar — no caso, literalmente — no meio de hordas de inimigos e causar muito estrago.
Mago
A classe dos Magos, representada por uma heroína, ainda segue o perfil glass-canon (canhão-de-vidro), com poucos pontos de vida e habilidades elementais de dano elevado. Além disso, ela dispõe de estratégias para fugir rapidamente e dificultar a aproximação de inimigos.
De maneira geral, magias de fogo causam dano continuo, as de eletricidade buscam afetar mais alvos, enquanto as de gelo dificultam a movimentação de adversários. Os fãs da classe devem ficar satisfeitos com o retorno das habilidades “Nevasca” (Blizzard) e “Orbe Congelante” (Frozen Orb), que compunham o meta-jogo como Feiticeira em Diablo 2.
Renegada
A Renegada foi introduzida em 1996 como uma das três classes de Diablo e, desde então, apareceu apenas como NPC. Nas continuações, ela foi adaptada para Amazona, Assassina e Caçadora de Demônios — agora retornando como uma classe jogável.
O perfil da Renegada a aproxima da essência dos Ladinos de Dungeons & Dragons. É possível criar builds à distância com arcos e balestras, ou de ataques rápidos com adagas e espadas leves. Além disso, ela pode imbuir seus ataques com gelo, veneno ou energia sombria, ampliando o dano, ou impondo penalidades.
Necromante
O Necromante é, possivelmente, a classe mais popular da franquia. Contudo, ele ficou de fora do lançamento inicial de Diablo 3 (2012), chegando apenas em 2017. Dessa vez, a Blizzard não titubeou ao trazer o bruxo capaz de controlar hordas de monstros e mortos-vivos desde o lançamento.
Sua versão atual foi bastante modificada, e oferece quatro tipos principais de estilos de habilidades:
- Ossos: habilidades focadas em magias ofensivas e de controle do campo de batalha.
- Escuridão: combina as mecânicas de veneno e maldições das versões anteriores, com magias de dano prolongado, múltiplos ataques em intervalos curtos, e maldições para reduzir atributos dos inimigos.
- Sangue: bastante alterado desde Diablo 3, o estilo foca em ataques de área ou mirando em vários alvos, mas ainda retém a capacidade de curar o conjurador.
- Exército: habilidades de invocação de esqueletos, mortos-vivos, golens e outras criaturas para lutar pelo Necromante.
Graças ao novo sistema de distribuição de habilidades, o ideal é combinar ao menos dois destes estilos para maximizar efeitos e compensar vulnerabilidades.
Druida
A última classe de Diablo 4 é o Druida, introduzida originalmente em Lords of Destruction (1997). Assim como os outros arquétipos, ela combina habilidades antigas com conceitos mais modernos, atualizando a jogabilidade sem perder sua essência.
Os poderes de metamorfose trazem as formas de Lobisomem e Homem-urso. Enquanto a primeira forma foca em ataques rápidos e dano crítico, a segunda é mais lenta, com golpes fortes e enorme potencial de dano em área.
As magias de manipulação da natureza, como invocar vinhas e tornados, bem como o controle de animais também voltaram. Essa combinação torna o Druida uma classe bastante versátil, podendo atuar como conjurador, combatente à curta distância ou ambos.
Jogue do seu jeito
Com a introdução de mundos semi-persistentes, onde os jogadores podem interagir de forma menos burocrática, a Blizzard investiu na diversificação de personagens. Além da tela de criação, onde podemos escolher aparências menos genéricas, o jogo conta com mecânicas para aumentar a variedade também dos estilos de jogo.
Nova árvore de habilidades
Adam Jackson, designer de classes, explicou em uma mesa redonda que a nova árvore de habilidades favorece diversificar ainda mais os personagens. Isto vale principalmente para a campanha, quando a redistribuição dos pontos é quase sem custo. Dessa forma, é possível experimentar builds diferentes, antes de focar em uma específica.
Nova árvore de habilidades oferece mais variedade de estilos de jogo.Fonte: Blizzard via TecMundo
Contudo, essa liberdade diminui no endgame, exigindo um comprometimento com o estilo adotado — exigindo a busca de itens que melhor compõem aquela build. Segundo Jackson, isto coloca o novo título no meio do caminho entre a forma completamente livre de Diablo 3, e o modelo engessado de Diablo 2.
Itens Lendários, Únicos e Conjuntos
A busca por itens raros sempre esteve presente na franquia, e não seria diferente no novo jogo. No entanto, agora os itens mais valiosos são divididos em duas categorias distintas:
- Itens Lendários: nomeados, mas podem ter suas habilidades especiais removidas e reaplicadas em outros equipamentos.
- Itens Únicos: específicos, como a Lâmina de Griswold, dos dois primeiros jogos, e não podem ser alterados ou desmanchados.
Itens lendários podem ter aspectos removidos e aplicados a outros equipamentos.Fonte: Blizzard via TecMundo
Os itens de conjunto — de nome verde —, foram confirmados pelo diretor Joe Shely, mas não chegarão no lançamento. Sua mecânica original favorecia estilos de jogo específicos, resultando em meta-jogos pouco variados. Segundo Shely, os desenvolvedores pretendem trazer os conjuntos de volta, mas é fazê-lo de forma que eles não quebrem o novo sistema de builds diversos.
Quadro de Excelência e Transmogrificação
Por fim, a transmogrificação e o quadro de excelência são duas outras mecânicas retornam para favorecer a meta “jogue do seu jeito”. A transmogrificação é o sistema de mudar a aparência dos equipamentos para criar visuais únicos, comum em World of Warcraft, e fez muito sucesso em Diablo 3.
O Quadro de Excelência é a evolução dos níveis de paragon. No título anterior, após atingir o nível máximo, os jogadores continuavam a ganhar experiência e podiam melhorar atributos como velocidade de movimento, força, destreza, etc.
O novo sistema tem a mesma premissa, mas expande as possibilidades de aprimoramentos. É possível modificar habilidades específicas, permitindo inclusive combos entre poderes que não funcionariam bem originalmente.
Quase um MMO
Diablo 4 alça novos voos com a personalização de classes e servidores com instâncias semi-persistentes. Agora, os lobbies só são necessários caso os jogadores queriam criar grupos específicos ou com amigos, mas não são obrigatórios para a experiência multijogador.
Tanto por isso, a Blizzard adotou optou por favorecer a criação de personagens individuais, dando mais variedade às sessões. Com isso, é possível encontrar grupos de Renegadas, mas com builds tão distintas, que parecem classes diferentes que se complementam.
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